No início,bebê somos,não andamos
nos arrastando,engatinhando
nada somos sem os pais a nos cuidar.
Seríamos os clientes,convenhamos
para o coveiro na terra ,enterrar..
Infância tem na Velhice antítese.
Em ambas a dependência existe.
Na primeira,constatação triste
Sobre quatro patas nos arrasta.
Com paciência divina ensinamos
às crianças como sobreviver.
Depois de seu dever fazer,os pais
não devem no colo carregar
quem já aprendeu a caminhar!
Sob pena de colocar tudo a pro ar!
Que hoje sejamos sábios doutores
políticos infiéis,professores
Não importa! A velhice bate à porta.
E desgraças com ela porta:
Vem a temida invalidez.
Ou a perda da lucidez,,
Mal de Alzheimer ou surdez!
É passamos a nos arrastar,remetentes
sobre 2 pernas e um cajado
para garantir um pouco de dignidade.
E se dao por felizes naquela idade
mesmo comendo sem dentes,verdade
se assemelham as crianças que foram.
Felizes seguem e pajelanca fazem
pedindo com fé, verdadeira e certeira
Pra demorar a usar o temido,
desguarnecido, " paletó de madeira!"
Maria Dorta 05_ 02_ 2021
mos
- Autor: Maria dorta (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 4 de fevereiro de 2021 12:57
- Comentário do autor sobre o poema: Exercício de poesia
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 34
Comentários5
Seu poema me levou a refletir, sobre meus dois deuses(Pai e Mãe) que estão envelhecendo. "Quem dera que o tempo voltasse, e de todos nós se apiedasse". Belo e triste poema cara Maria Dorta.
Hoje aqueles que nos cuidaram quando éramos bebês, crianças, são cuidados por nos, envelhecidos, mas iguais às crianças.
Que poema reflexivo esse? Maria Dorta poetisa, esplêndido!
Abraços poetisa....Siga feliz.
Querida Dorta, nossa vida segue no tempo uma linha curva: de ascensão e depois declínio. Toda linha curva termina se encontrando - o começo com o fim se assemelham.
Muito bem dito, Dorta.
Um beijo.
Maria Dorta, um poema que nos faz refletir sobre o tempo em vários pontos distintos. Que o tempo passa impiedoso, devemos valorizar os instantes, viver realmente os momentos... Que a vida é uma lição e a velhice traz traços da história que devem ser reverenciados como beleza de chegada, com suas marcas cheias de memórias... Que somos passageiros e muito além dessa roupagem já rota, débil e insuficiente...
Abraço, poetisa
Concordo com todas tuas elocubracoes,sem dúvidas. Grata pela leitura e opinião.
Excelentes reflexões. Grata pela leitura.Sempre me enriqueces Hebron!
Deu bem o que pensar esse seu poema, maravilhoso, parabéns poetisa.
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