Muitas vezes o que nos resta é desistir. Desistir de amar, desistir de sonhar, desistir de buscar. Desistir por vezes é o caminho aparente, é o que paira na mente quando a vida nos deixa no chão. Obstáculos inesperados e pedras no caminho, e quando nos sentimos sozinhos, resta-nos a poesia.
Da poesia eu não desisto, às vezes até resisto, por vezes fecho os olhos e apenas sonho, pois nos meus sonhos você existe, segura minha mão, acalenta meu coração e alimenta o meu amor. Você é a minha flor, o meu jardim, o oásis aonde encontro fôlego para continuar, jamais desistir, mesmo quando deixo de (existir).
Desistir às vezes é o que nos resta. Desistir de um novo caminho, sonhar com a flor sem espinho, amar e voar como voa o passarinho, sem culpa, sem sofrimento. Desistir às vezes é morrer, perder-se em noites escuras, morrer ante suas agruras e deixar de (existir).
Deixar de existir para o outro, deixar de existir para si. Desistir de ser feliz e não enxergar o matiz que a vida pintou pra você. Desistir é viver o passado, temer o inesperado, olhar para o lado e deixar de seguir em frente. Desistir é esquecer o presente, é viver com receio, sem expectativa ou meio que lhe assegure alegria.
Desistir é a letargia, é o medo que assombra a vida, é a sombra que toca a ferida nos momentos onde a dor aperta o peito. Desistir quando não tem mais jeito, quando o maior dos defeitos que carrego comigo, é também meu abrigo, é o meu medo de (existir).
Jose Fernando Pinto
- Autor: Jose Fernando Pinto ( Offline)
- Publicado: 4 de fevereiro de 2021 11:34
- Categoria: Amor
- Visualizações: 12
Comentários4
Parabéns, poeta, passando por aqui para ler um pouco, teu versejar é muito belo. Gratidão!
Gratidão querida Neiva, grande abraço!
Belíssimo, José Fernando!
Abraço
Gratidão amigo Hébron, grande abraço!
Bela prosa- poema levando-nos a refletir. Aplauso!
Gratidão querida Maria Dorta, grande abraço!
Belo!!
Prosa é um estilo muito rico e você o faz com mestria.
Aplaudo de pé!
Gratidão querida Edla, grande abraço!
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