Libertação

Edla Marinho

Por onde andas, passarinho? 

Perdeste o ninho e voas sem destino

Sem saber o teu lugar

Não tens onde pousar? 

Vem que te dou meu colo… 

Meu abraço… meu aconchego 

Não tenhas medo

Não vou arrancar-te os segredos 

Os meus, já tos tenho revelado 

Não os tenho calado 

Matando a timidez

Escancarando meus anseios e fantasias 

Abri a guarda dos meus desejos

Abracei a vontade de me despir de pudor 

Mostrei, às claras, o que me causa furor 

Abri meu livro de memórias 

E li, em voz alta, minha história 

Só não sei o que fazer agora 

Pois minha alma, quase liberta

Das amarras de um passado de repressão 

Percebe do corpo o apelo (sem ouvir a razão) 

Que paixão implora… 

Mas não sabe o que fazer 

Quando pensa no tempo que corre 

Sem dar-me tempo de ter prazer

Então, mais uma vez, esquecer… 

 

  • Autor: Edla Marinho (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 31 de janeiro de 2021 22:50
  • Categoria: Não classificado
  • Visualizações: 18
Comentários +

Comentários2

  • Claudio Reis

    Poetisa Edla,

    Tens o equilíbrio de trapezistas na criação de seus versos.

    Belo poema, parabéns!

    Abraços...Siga feliz.

    • Edla Marinho

      Amigo Cláudio, mil desculpas pelo lapso cometido : Não atentei para este carinhoso comentário.
      Ainda que atrasado, minha gratidão, meu abraço!

    • Maximiliano Skol

      Querida Edla, A paixão implora, o tempo corre, não se esqueça disso...
      Um beijo e um bom dia.

      • Edla Marinho

        Maximiliano, perdoe minha falta, não atentei para este comentário e, muitíssimo atrasado, quero lhe agradecer por este carinho ao apreciar meus versos.
        Meu abraço!



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