SONETO FECUNDADO

Henking

Vê, abelha, entre o plácido e o lufar,

O enxame de sabores da manhã

Tua é a arte de um doce pairar

A fim de cumprir teu melífluo afã.

 

Ao surgir oceano no céu

Virá em gotas o anúncio de vida,

Vicejando com um líquido véu

O venturo da colheita esculpida.

 

Que sejas teu zunido, alteza, o rumo

Dos passos do mundo além da vaidade

Que aspiremos em tua companhia

 

O segredo confiado ao sumo

De ser origem em simplicidade

Tu, que és a balança da harmonia.

 

  • Autor: Henking (Offline Offline)
  • Publicado: 30 de janeiro de 2021 08:54
  • Categoria: Reflexão
  • Visualizações: 14
Comentários +

Comentários2

  • Maria dorta

    Bonito. E a abelha também é mesmo sável por semear vida na Natureza. Chapéu!)

    • Henking

      Muito obrigado! Um grande abraço!

    • Ema Machado

      Quimera, todos tivessem esse teu olhar e concepção. O poeta com sua arte denuncia e anuncia... Aplausos!

      • Henking

        Que desejemos um toque maior do que aquele a encontrar nossa superfície. Que desejemos um toque de percorrer a alma.
        Muito obrigado!



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