Vê, abelha, entre o plácido e o lufar,
O enxame de sabores da manhã
Tua é a arte de um doce pairar
A fim de cumprir teu melífluo afã.
Ao surgir oceano no céu
Virá em gotas o anúncio de vida,
Vicejando com um líquido véu
O venturo da colheita esculpida.
Que sejas teu zunido, alteza, o rumo
Dos passos do mundo além da vaidade
Que aspiremos em tua companhia
O segredo confiado ao sumo
De ser origem em simplicidade
Tu, que és a balança da harmonia.