Henking

SONETO FECUNDADO

Vê, abelha, entre o plácido e o lufar,

O enxame de sabores da manhã

Tua é a arte de um doce pairar

A fim de cumprir teu melífluo afã.

 

Ao surgir oceano no céu

Virá em gotas o anúncio de vida,

Vicejando com um líquido véu

O venturo da colheita esculpida.

 

Que sejas teu zunido, alteza, o rumo

Dos passos do mundo além da vaidade

Que aspiremos em tua companhia

 

O segredo confiado ao sumo

De ser origem em simplicidade

Tu, que és a balança da harmonia.