A tua linguagem muda, a mim, gritante,
No silêncio de apelo por falante,
Não me atinge aos ouvidos, que calados
Estão há muito tempo aculturados...
Logo eu que percorri, de viandante,
Pelos ínvios caminhos, tão errante,
Não tenho mais impulsos açodados,
Portanto por si próprios desgastados.
Mudez de provocar?... Mas que bobagem!
Teus ardis não me atingem, sou insensível,
Pois retido me tenho na blindagem
Que o tempo terminou por me envolver.
O teu mudo explanar não me é audivel,
Não preciso de ouví-lo e te entender.
- Autor: Maximiliano Skol (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 29 de janeiro de 2021 16:01
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 19
Comentários2
Inspirado, o poeta nos leva à uma leitura extraordinária!
Belíssimo soneto, parabéns nobre Maximiliano Skol.
Muito gentil o seu comentário, prezado Cláudio.
Um forte abraço.
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