VELHICE

Maximiliano Skol



Como o  tempo é perverso, sem piedade

Transforma das mulheres a beleza,

De icônico esplendor na mocidade,

Em trapos na velhice e com frieza.

 

O tempo não perdoa, sua maldade

Lhes rouba os belos traços de pureza,

Sem dar sinal de ação e em ardileza

Inda sutil lhes dá longevidade.

 

E, então, é que se diz que o tempo voa,

Mas não, ele nem passa, se acha à toa...

Elas, sim, são que perdem todo encanto.

 

E esse desgaste a nós nos causa espanto,

Mas com o tempo usado é que, deveras, 

De lindas se tornaram em megeras.

  • Autor: Maximiliano Skol (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 14 de janeiro de 2021 18:44
  • Comentário do autor sobre o poema: Acima, clique sobre o AUTOR: MAXIMILIANO SKOL e entra no site–SONETOS DE MAXIMILIANO SKOL
  • Categoria: Não classificado
  • Visualizações: 61
Comentários +

Comentários2

  • Claudio Reis

    Bendita velhice fazendo compreender o ancião da sua missão, e aos que dele cuida, permitindo o destino, possam também experimenta-la.

    Em sua abstração de exercício mental, nos permite pelos seus poemas"Sonetos", adentrarmos em mundos, onde a psique se eleva à maior...Lê-lo é sinônimo de aprendizado.
    Nobre poeta Maximiliano Skol.

  • Maximiliano Skol

    Meu prezado Cláudio, que bom que você
    encontra alguma utilidade nas minhas publicações. Sinto-me feliz por ter lido isso.
    Um sincero muito obrigado.



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