Maximiliano Skol

VELHICE

Como o  tempo é perverso, sem piedade

Transforma das mulheres a beleza,

De icônico esplendor na mocidade,

Em trapos na velhice e com frieza.

 

O tempo não perdoa, sua maldade

Lhes rouba os belos traços de pureza,

Sem dar sinal de ação e em ardileza

Inda sutil lhes dá longevidade.

 

E, então, é que se diz que o tempo voa,

Mas não, ele nem passa, se acha à toa...

Elas, sim, são que perdem todo encanto.

 

E esse desgaste a nós nos causa espanto,

Mas com o tempo usado é que, deveras, 

De lindas se tornaram em megeras.