E aquele cemitério, lá no alto,
Simula uma visão preconizante,
Agourenta, sinistra: como um assalto
Que possa acontecer nalgum instante.
Cemitério dormente, que esperante
Mantém, com placidez macabra, o arauto
De uma ida sem volta para o errante,
Aqui na Terra, nesse sobressalto.
Minha querida mãe de longe o via,
E repetia sempre: " alí, meu filho,
Muito breve estarei a qualquer dia".
E então não mais eu ouço o estribilho...
Foi-se a mamãe na cruel fatalidade,
E, no alto, o cemitério é u'a saudade.
- Autor: Maximiliano Skol (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 11 de janeiro de 2021 13:42
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 31
- Usuários favoritos deste poema: Dr. Francisco Mello
Comentários6
Que versos profundos! A saudade no remete as falas do passado, cheiros, sabores e a dolorosas cenas, como as que tão lindamente escreveste. Abraço,
Querida Ema Machado, com o seu comentário, curioso, repassei os seus poemas.Senti- me iirnanado à sua sensibilidade.
Muito agradecido pela sua tão valiosa apreciação.
Tudo de bom neste Ano Novo e que lhe acrescente, inda mais, as suas maravilhosas inspirações.
Um beijo.
Muito bom Max.
Obrigado mais uma vez.
Terral 07, mais uma vez, também, muito agradeço a sua visita .
Um abraço.
Que versos, que versos. Parabéns, poeta!!
Muito obrigado, Felipe? Fernandes.
Parabéns por seu poema Manhã...
Um abraço.
Reflexivo e triste Reflexo dessa Transformação Insuportável (Morte)! Paz e Bem Poeta !
Santo Vandinho, é um privilégio ter um comentário com a sua visita.
Um abraço.
Madre santa... Parabéns, paisano.
Nada mais real. E pensar, poeta, que alguns pedantes, se comportam como se não tivessem que ir para lá!!!
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