Maximiliano Skol

ALMA SEPULTA

Meu passado me traz tantas lembranças, 

Difícil de aceitá-las, todas elas,

Pois muito de desgosto e  esperanças

Confundem-se em drama de novelas.

 

Paixões, dores, remorsos 'stão nas tranças

Da memória, espantada; e quando nelas

Eu me revejo a vida não tem

mansas

Passagens: eu vivi muitas procelas.

 

Fui errado, fui néscio, o que eu fui?

Talvez eu fosse até muito avançado

No meu jeito de agir, mas se conclui

 

Que a vida que eu vivi foi muito estulta.

E ao tempo de lembrar o meu passado 

Eu me sinto infeliz, de alma sepulta.

Tangará, 12/10/2019

  • Autor: Maximiliano Skol (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 10 de Janeiro de 2021 18:03
  • Categoria: Não classificado
  • Visualizações: 45

Comentários4

  • Danilo C. Bussolar

    Maravilhoso. Os sonetos infelizmente estão em extinção.

    • Maximiliano Skol

      Prezado Danilo.
      Muito me agradou o seu comentário.
      Um abraço

    • Maria dorta

      Um belo soneto,com alma sepulta ou não mas escrito com o coracao! Quem disse que o soneto está em extincao?! Bons poetas sim , poucos são!

      • Maximiliano Skol

        Querida Maria Dorta,
        Foi escrito com o coração.
        Um beijo.

      • Claudio Reis

        Ilustre Maximiliano,

        Sonhos sonhados, sonetos são sonetos, escritos, lidos.

        Belo soneto, poeta mor

      • Maximiliano Skol

        Sua presença me surpreendeu, Cláudio
        Quem me dera ser poeta ‘mor’. Comecei a fazer versos no final de 2019. Enviei sete sonetos ao editor do meu livro e que me desse o seu juizo crítico. Dele recebi incentivo e assim você chegou a ler Alma Sepulta. Não me considero poeta: continuo a publicar versos, porque, por acaso, descobri esse site. Desculpe-me ter você como confidente.
        Um forte abraço, Tudo de bom neste Ano Novo.



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