Maximiliano Skol

ALMA SEPULTA

Meu passado me traz tantas lembranças, 

Difícil de aceitá-las, todas elas,

Pois muito de desgosto e  esperanças

Confundem-se em drama de novelas.

 

Paixões, dores, remorsos \'stão nas tranças

Da memória, espantada; e quando nelas

Eu me revejo a vida não tem

mansas

Passagens: eu vivi muitas procelas.

 

Fui errado, fui néscio, o que eu fui?

Talvez eu fosse até muito avançado

No meu jeito de agir, mas se conclui

 

Que a vida que eu vivi foi muito estulta.

E ao tempo de lembrar o meu passado 

Eu me sinto infeliz, de alma sepulta.

Tangará, 12/10/2019