Ema Machado

Momentos...


Aviso de ausência de Ema Machado
NO


 

 

Eu, aqui esparramada

Junto a monotonia, boceja entediada

É segunda-feira

Não fui a feira, nem fiz nada

 

Ainda ontem, escorria o tempo

O acompanhava em seu movimento

A noite, era só momento

 

Vida é sopro de vento

Quando se vê, foi-se...

Meu hoje, é apenas brisa em lamento

A minha (volta) sons de discórdia...

 

Máquinas, famintas!

Ouço-as, alimentarem-se do monte

Sucumbe, tomba-se humildemente...

O que será da lagoa, à quem protegia?

Nela às vezes escorregava e bebia...

 

Pobres, árvores!

Devastaram-nas, foram arrancadas

Ali, aos poucos a vida sucumbia

Não ouvirei mais o rouxinol

Maritacas ou perdizes...

 

Restará apenas poluição e fuligem

E um olhar, imerso em monotonia e tristeza

Quando daquela paisagem se lembrar

Tornar-se na lembrança, apenas uma  imagem...

   

 

 

27/12/2020

 

  • Autor: Ema Machado (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 7 de Janeiro de 2021 21:07
  • Comentário do autor sobre o poema: Algumas vezes, passagens do nosso cotidiano serão lembrados, por sons, sabores ou até mesmo pela monotonia...
  • Categoria: Não classificado
  • Visualizações: 23

Comentários3

  • Edla Marinho

    Como diz a amiga Neiva, onde aplaude mil vezes?
    E o fundo musical, ah... Embalando... Casando perfeitamente com os versos, meus parabéns!

  • Ema Machado

    Gratidão, amiga linda! Grande abraço,

  • Jose Fernando Pinto

    Maravilhoso Ema, parabéns!

    • Ema Machado

      Gratidão, amigo! Cuide-se, grande abraço,



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