Comentários recebidos nos poemas por Arthur Magalhães
Quase Fomos Tudo
Arthur Magalhães disse:
1 - O que este poema significa para mim:
Este poema nasceu de uma necessidade de colocar em palavras tudo o que senti diante de um adeus que chegou de mansinho, mas que me abalou por completo. Foi a maneira que encontrei de transformar a dor em algo que pudesse ser expresso, compreendido, e talvez até mesmo compartilhado por outras pessoas que passaram por situações semelhantes. A cada verso, tentei deixar registrado o que significou amar, quase desesperadamente, alguém que acabou partindo antes que eu pudesse compreender os motivos, ou ao menos me preparar para o impacto que esse término causaria.
Em cada palavra, há pedaços de mim que ainda acreditavam que o amor poderia superar tudo, que bastava não soltar a mão e enfrentar juntos qualquer tempestade que surgisse. Porém, quando a outra pessoa decide ir embora, sem grandes explicações, tudo o que sobra é um vazio imenso. E esse vazio se torna ainda maior quando percebemos que não há um grande culpado, não há traição evidente — apenas a conclusão de que já não havia mais a mesma vontade de seguir lado a lado.
Eu quis colocar no poema a tensão entre a esperança e o fim inevitável. Enquanto eu agarrava o que achava ser “amor para sempre”, fui, pouco a pouco, confrontado pelo silêncio do outro, pelo distanciamento sutil que me feriu sem alarde, mas profundamente. É como se cada linha falasse de um sofrimento que se tornou mais real por eu ter ignorado, até o último instante, que as coisas já não eram como antes.
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2 - A “quase” plenitude e a dor de soltar:
O poema termina enfatizando o “quase”, essa sensação de que, por muito pouco, poderíamos ter dado certo. É doloroso encarar que tínhamos afinidade, risadas em harmonia, conversas fluidas e tanta esperança; e, mesmo assim, faltou algo essencial: a vontade de ficar. Quando me pergunto “o que faltou?”, percebo que, por mais que eu quisesse segurar firme, a outra pessoa já tinha se decidido, e isso não há amor no mundo que consiga mudar.
Por isso, também incluí a ideia de que, quando alguém não quer mais segurar nossa mão, talvez o amor-próprio precise entrar em cena, mesmo que de forma tardia. Escrevi sobre a dificuldade de aceitar que, às vezes, a gente precisa cuidar das próprias feridas e não mais tentar curar as do outro, principalmente quando ele já não está presente para partilhar do mesmo cuidado.
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3 - O papel importantíssimo da escrita na minha superação:
Para mim, escrever este poema foi um refúgio, quase uma forma de terapia. Nesses versos, eu derramo as frustrações, a saudade e a decepção. É a maneira que encontrei de manter um diálogo comigo mesmo — e, de algum modo, ainda me sentir próximo de quem se foi. Cada estrofe é, ao mesmo tempo, uma despedida e um recomeço, porque, na medida em que me coloco nas palavras, vou reorganizando as ideias e, de certa forma, deixando-as se dissiparem.
O poema também revela o meu processo de entender e aceitar que o amor pode não ser suficiente. Dói muito, mas, se a outra pessoa não deseja continuar, não há nada que se possa fazer além de soltar, mesmo que isso me deixe sem norte num primeiro momento. E esse abismo, esse vazio, eu transformei em poesia.
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4 - O que eu gostaria que as pessoas sentissem ao ler:
Espero que, ao ler este poema, as pessoas percebam que não estão sozinhas em suas dores. Que amar alguém e não ser correspondido na mesma intensidade é uma ferida que, com o tempo e o autoconhecimento, pode cicatrizar. Que escrever, falar e desabafar, por mais que não mudem os fatos, podem nos ajudar a enxergar com mais clareza o que aconteceu e a encontrar um caminho de cura.
Quero mostrar que o amor é algo lindo, mas, como tudo na vida, precisa ser recíproco. Não basta que só um lado se esforce. E, se a pessoa amada decide ir embora, precisamos aprender a cuidar de nós mesmos, mesmo que o coração demore a aceitar essa realidade. O poema é um lembrete de que cada lágrima, cada lembrança e cada “porquê?” sem resposta, podem ser transformados em versos que, um dia, passarão a significar menos dor e mais aprendizado.
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Muito obrigado por ler até aqui. Esse poema foi um dos mais importantes para mim, pois ele me ajudou a ver o luto como algo que precisa ser vivido, não evitado.
16 de janeiro de 2025 13:48
Arthur Magalhães disse:
1 - O que este poema significa para mim:
Este poema nasceu de uma necessidade de colocar em palavras tudo o que senti diante de um adeus que chegou de mansinho, mas que me abalou por completo. Foi a maneira que encontrei de transformar a dor em algo que pudesse ser expresso, compreendido, e talvez até mesmo compartilhado por outras pessoas que passaram por situações semelhantes. A cada verso, tentei deixar registrado o que significou amar, quase desesperadamente, alguém que acabou partindo antes que eu pudesse compreender os motivos, ou ao menos me preparar para o impacto que esse término causaria.
Em cada palavra, há pedaços de mim que ainda acreditavam que o amor poderia superar tudo, que bastava não soltar a mão e enfrentar juntos qualquer tempestade que surgisse. Porém, quando a outra pessoa decide ir embora, sem grandes explicações, tudo o que sobra é um vazio imenso. E esse vazio se torna ainda maior quando percebemos que não há um grande culpado, não há traição evidente — apenas a conclusão de que já não havia mais a mesma vontade de seguir lado a lado.
Eu quis colocar no poema a tensão entre a esperança e o fim inevitável. Enquanto eu agarrava o que achava ser “amor para sempre”, fui, pouco a pouco, confrontado pelo silêncio do outro, pelo distanciamento sutil que me feriu sem alarde, mas profundamente. É como se cada linha falasse de um sofrimento que se tornou mais real por eu ter ignorado, até o último instante, que as coisas já não eram como antes.
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2 - A “quase” plenitude e a dor de soltar:
O poema termina enfatizando o “quase”, essa sensação de que, por muito pouco, poderíamos ter dado certo. É doloroso encarar que tínhamos afinidade, risadas em harmonia, conversas fluidas e tanta esperança; e, mesmo assim, faltou algo essencial: a vontade de ficar. Quando me pergunto “o que faltou?”, percebo que, por mais que eu quisesse segurar firme, a outra pessoa já tinha se decidido, e isso não há amor no mundo que consiga mudar.
Por isso, também incluí a ideia de que, quando alguém não quer mais segurar nossa mão, talvez o amor-próprio precise entrar em cena, mesmo que de forma tardia. Escrevi sobre a dificuldade de aceitar que, às vezes, a gente precisa cuidar das próprias feridas e não mais tentar curar as do outro, principalmente quando ele já não está presente para partilhar do mesmo cuidado.
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3 - O papel importantíssimo da escrita na minha superação:
Para mim, escrever este poema foi um refúgio, quase uma forma de terapia. Nesses versos, eu derramo as frustrações, a saudade e a decepção. É a maneira que encontrei de manter um diálogo comigo mesmo — e, de algum modo, ainda me sentir próximo de quem se foi. Cada estrofe é, ao mesmo tempo, uma despedida e um recomeço, porque, na medida em que me coloco nas palavras, vou reorganizando as ideias e, de certa forma, deixando-as se dissiparem.
O poema também revela o meu processo de entender e aceitar que o amor pode não ser suficiente. Dói muito, mas, se a outra pessoa não deseja continuar, não há nada que se possa fazer além de soltar, mesmo que isso me deixe sem norte num primeiro momento. E esse abismo, esse vazio, eu transformei em poesia.
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4 - O que eu gostaria que as pessoas sentissem ao ler:
Espero que, ao ler este poema, as pessoas percebam que não estão sozinhas em suas dores. Que amar alguém e não ser correspondido na mesma intensidade é uma ferida que, com o tempo e o autoconhecimento, pode cicatrizar. Que escrever, falar e desabafar, por mais que não mudem os fatos, podem nos ajudar a enxergar com mais clareza o que aconteceu e a encontrar um caminho de cura.
Quero mostrar que o amor é algo lindo, mas, como tudo na vida, precisa ser recíproco. Não basta que só um lado se esforce. E, se a pessoa amada decide ir embora, precisamos aprender a cuidar de nós mesmos, mesmo que o coração demore a aceitar essa realidade. O poema é um lembrete de que cada lágrima, cada lembrança e cada “porquê?” sem resposta, podem ser transformados em versos que, um dia, passarão a significar menos dor e mais aprendizado.
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Muito obrigado por ler até aqui. Esse poema foi um dos mais importantes para mim, pois ele me ajudou a ver o luto como algo que precisa ser vivido, não evitado.
16 de janeiro de 2025 13:48
Nossa História
Maximiliano Skol disse:
Querido Arthur Magalhães, através da tua sábia autoanálise dessa tua conflituosa aventura de amor, conseguiste estar quite contigo mesmo. E enfim, te restou a paz, agradecido por uma doce memória, que não tem preço. Vivemos pelas memórias, meu prezado.
Fraternal abraço.
16 de janeiro de 2025 13:41
Maximiliano Skol disse:
Querido Arthur Magalhães, através da tua sábia autoanálise dessa tua conflituosa aventura de amor, conseguiste estar quite contigo mesmo. E enfim, te restou a paz, agradecido por uma doce memória, que não tem preço. Vivemos pelas memórias, meu prezado.
Fraternal abraço.
16 de janeiro de 2025 13:41
Saudade Permanente
Antonio Olivio disse:
A Saudade , parece nos querer atentos a emoção e ao sentimento que temos pelos que já se foram ou para sempre ou para logo numa curva do tempo ainda dentro desta vida.
Mas ela também nos alerta Para o que temos hoje e está à nossa mão e ao alcance do nosso abraço.
Sinto pela sua perda meu amigo!!
Mas você é uma força esplendorosa da natureza e vai conseguir superar com muito amor e muita poesia...
15 de janeiro de 2025 09:58
Antonio Olivio disse:
A Saudade , parece nos querer atentos a emoção e ao sentimento que temos pelos que já se foram ou para sempre ou para logo numa curva do tempo ainda dentro desta vida.
Mas ela também nos alerta Para o que temos hoje e está à nossa mão e ao alcance do nosso abraço.
Sinto pela sua perda meu amigo!!
Mas você é uma força esplendorosa da natureza e vai conseguir superar com muito amor e muita poesia...
15 de janeiro de 2025 09:58
Saudade Permanente
Melancolia... disse:
Meu querido...
Curti demais este teu poema;...
Tudo verdade no que dissestes...
Também vivo assim, na melancolia...
14 de janeiro de 2025 14:43
Melancolia... disse:
Meu querido...
Curti demais este teu poema;...
Tudo verdade no que dissestes...
Também vivo assim, na melancolia...
14 de janeiro de 2025 14:43