Perguntam onde está o brilho do meu verso
retrato da mais profunda insânia
a letra a exclamar a infâmia,
que a língua covarde canta ao inverso.
Começo dizendo que não há brilho
longe do brio, enfiado na penumbra,
É onde vive o poeta, no limiar da treva deslumbra
as questões temidas no exílio.
Acrobata das palavras, a mente implora
grita, clama por tudo expressar
Mas a linguagem é fera, Senhora,
difícil domar.
ofício ingrato, terrível fado
não importa quão bem escreva, a ponte só completa
havendo alma sóbria do outro lado.
- Autor: felipe?fernandes ( Offline)
- Publicado: 21 de dezembro de 2020 18:54
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 29
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Comentários1
Pois e',poeta, parece que você conseguiu domar a fera ,colocar-lhe rédeas curtas e muito bem se comunicar! A celebrar!
Muito obrigado!
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