PARADOXO DA JUSTIÇA CEGA ( 03/03/2018)

JUCKLIN CELESTINO FILHO

Em que País estamos vivendo?

Em que paradoxo

Estão nos envolvendo?

Aqui, tudo está invertido:

O inocente 

É condenado,

O culpado 

Inocentado. 

É indecente 

Ver gente 

De proa,

Costa larga de proteção,

Couraça de escudo,

Charfurdado na corrupção. 

Não é fruto apenas de convicção!..

As provas são  abundantes 

E contundentes,

Com delitos comprovados.

Mas na ordem invertida,

Ao badalo

Do Judiciário,

A esse protegido,

Se faz cego, se faz mudo!...

Casos há, na Justiça,

Que excedem 

Os preceitos da razão,

Pondo em descredito

A própria Justiça ,

Ao desnundar julgamentos

Escandalosamente morosos,

Que tanta contradição aponta,

E a inteligência 

Nos afronta,

Exemplo do simulacro

De julgamento,

Um verdadeiro arremedo:

Para julgar 

O Azeredo 

Em primeira e segunda instâncias,

Comprovando a disparidade 

Da gritante contradição 

De procedimentos!...

Em contrapartida,

Em apenas seis meses,

Julga-se e condena,

Sem uma única prova

Que sustente a condenação

Ao escolhido 

Para troféu lajatista,

0 ex-presidente Lula,

Tipificadas nas escusas manobras:

Atropelo aos prazos recursais,

Passando mais

De duas centenas 

De processos à frente

Dos demais,

Para garantir

Em tempo hábil,

Do réu-- a condenação,

Culminando com uma série 

De atropelos aos 

Principios basilares 

Da Lei:

Não  garantia

Ao previamente 

Sentenciado 

Do juiz natural,

Relapada por rolo compressor 

Ao princípio da imparcialidade,

Sonegação do  direito 

De defesa, ao maior líder 

Popular brasileiro,

Com o propósito 

De tirá-lo da eleição,

E  o expor

À exacração

Pública com a pirotecnia 

De sua prisão!

 

Este é  o Brasil contrafeito,

Pejado de danosos precedentes 

Aos quais , nos envergonhamos!...

Quem não lembra 

Do "deputado fujão ",

Correndo destrambelhado,

Com a mala de dinheiro,

Tentando escondê-la em vão?

E o "mineirinho"acusado

De dois milhões 

Ter abocanhado

Dos irmãos Batista!

Sumiu. Está

Em profundo mutismo!

Agora é deputado. 

Aquele do -- "mantêm isso aí ",

O usurpador  presidente.

Acusado de corrupção,

Fez tanto malabarismo 

Para das denúncias 

Da PGR escapar,

Correndo contra o tempo,

Dinheiro à mão 

Cheia a esbanjar

Do povo brasileiro,

Afanando os cofres,

Comprando deputados

Com as famigeradas 

Emendas palarmentares,

Da sua própria confraria,

A preço de se livrar 

Das acusações incontestáveis 

No Congresso. 

 

Brasil, País do retrocesso,

Dos absurdos incomparáveis,

Do imponderável 

Que só aqui acontece,

Onde inverte-se a ordem 

Das coisas, e cinicamente 

Afirmam que as instituições 

Estão funcionando 

De forma admirável.

Mas como?

Se põem atrás

Das grades inocentes,

E são em demasia severos

Com pobres, prostitutas, pretos

E todo tipo de miseráveis!...

Enquanto há alguns bandidos 

Soltos, gastando aos bocados 

A grana rapinada,

Sem que os rigores 

Da lei os alcancem!...

A outros ,

Sem crimes comprovados,

A lei endurece,

Os miseros padecem 

A mais acerba perseguição,

Implacavelmente caçados,

Molestados qual presa rara,

Cuja sentença exara --

Não ter provas.

"Apenas "convicção,"

No novo Direito,

Com afeito,

Um enxerto

De anomalias,

Onde direitos 

São usurpados

Todos os dias,

Num paradoxo

Da Justiça cega,

Que trata a uns --

Como adversários,

Lhes sendo inclemente!

A outros, os têm --

Como parceiros 

Político-partidarios,

Sendo-lhes 

Extremamente benevolentes!

 

 

 

 

 

 

 

 

  • Autor: Poeta (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 22 de dezembro de 2020 08:11
  • Categoria: sociopolitico
  • Visualizações: 12


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