Nem toda dor é santa.
Ou acorda, ou acalanta.
Sempre derruba o corpo.
As vezes a alma levanta.
Encharcada de mofo.
Mas se a dor é tanta.
Aí já não compensa.
Pois quanto mais avança.
Mais engorda a descrença.
Nem toda a dor avança.
Por vezes ela estanca.
Nem mesmo toda crença.
Reserva recompensa.
Mas se ela nunca passa.
A dor que ultrapassa.
A nossa resistência.
É derrota que disfarça.
Uma eterna penitência.
- Autor: Victor Severo ( Offline)
- Publicado: 18 de dezembro de 2020 09:37
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 25
Comentários2
Poeta, muito bom este trabalho. As rimas colocadas de forma primorosa.
Abraços ao amigo.
Abraços meu amigo, muito grato pela interação e elogios.
Tens da poesia engenho e arte, pareces até da Bahia( que deu régua e compasso aos baianos!), mais um brinde tu nos oferta,lindo poema cheio de sabedoria!
Sempre grato pela generosidade cara Maria Dorta.
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