JUCKLIN CELESTINO FILHO

A FONTE QUE SECOU ( ITABUNA, 10/03/79)

Nosso amor  era fonte 

Tão bela e querida,   

Que nossas almas

De luz inudou!...

E água cristalina

Do solo brotou,

E no chão

Da ilusão

A semente 

Do enlevo

Germinou,

E a flor

De devoção

Com tanto carinho cultivada,

Era festa  em alto relevo,

Revoada de pássaro a cantar,

O espaço infinito  adejando,

Que de  paz --  a alma serenou,

E irrigou

O nosso vale de amor...

Mas um dia,

Na invernada

Do vento

Do norte,

Crestou-me dos  sonhos --a sorte,

E  a fonte secou,

O  desgosto em minha alma deixendo

Da ingratidão

De quem tanto eu queria!...

E a flor

Do tormento

Em meu coração

Se instalou!

Por maldade,

A flor

Da saudade

Meu peito feriu,

Só lembranças deixou

Do tempo em que da fonte

Jorrava águas cálidas de amor!

- E tu, Soraia, eras a luz 

Que nosso amor iluminou,

E de repente,

No horizonte sumiu;

Eras a fonte de água cristalina

Que por  descaso deixaste secar,

E hoje, tristemente

Termina

No olvidor

Da fonte da vida,

Que infelizmente 

Secou!

 

  • Autor: Poeta (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 17 de Dezembro de 2020 07:05
  • Categoria: Amor
  • Visualizações: 14


Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.