Luiz Otavio

Soneto ao Inverno

 

 

Vossa grã gelidez me é comprazente!

Da soberba vossa, suma é a felícia,

O poético frio quão belo e dolente

À mor virtude mutar-se-á em carícia.

 

Ao verão, irrompem-se falácias frívolas,

Desvalendo a lírica vida hiemal,

Mas, as priscas verdades, proferi-vo-las,

Enquanto desdenho o calor animal.

 

Que perpétua fosse vossa abrangência

Para perene ser a alegria minha

Em receber-vos gelo enrijecente.

 

A glacial poesia palra com veemência:

Sem opção, adviremos a vossa linha

E vos esperaremos novamente!

  • Autor: Luiz Otavio (Offline Offline)
  • Publicado: 7 de Dezembro de 2020 14:22
  • Comentário do autor sobre o poema: Compus o soneto em 21 de junho de 2015, aos meus 15 anos. Pela falta de experiência, deixei passar um erro na escansão, porém opto por hoje publicá-lo sem corrigir a métrica (4º verso da 2ª estrofe).
  • Categoria: Natureza
  • Visualizações: 16

Comentários1

  • Meno Maia Jr.

    QUÁO BELO É O NOSSO VERNÁCULO, MAS O QUE SERIA DELE SEM O POEMA? O CASAMENTO PERFEITO! VOSSA POESIA NOS REMETE AOS CLÁSSICOS: CAMÕES, BOCAGE E GREGÓRIO! PARABÉNS POETA.



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