DESAPEGO
Como um pombo embevecido que loquaz turturina
Vou arrulhando alegrias pelas cercanias que passo
Sem os grilhões dos vis desejos, o caminho perpasso
Me apegando só ao vento que a esmo me destina.
Nada levo comigo. Do fugaz acúmulo me desfaço
E fitando o horizonte que alentado se aproxima
Me dispo de tudo, e com a alma cristalina
Sigo ao encontro desse arauto da liberdade que abraço.
Deixo pra trás as fantasias vãs, as ilusões passageiras
Que no coração pujavam nas noites traiçoeiras
E em vez de felicidade, traziam revés e dor,
Pra caminhar desprendido, sem alvo certo
E ao final da travessia deste insólito deserto
Transformar minha vida num oceano de amor.
Marcos Valério de Souza
- Autor: Marcos Valerio (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 6 de dezembro de 2020 12:06
- Categoria: Fantástico
- Visualizações: 22
Comentários4
Parabéns Marcos. Soneto bem estruturado, com ótimas rimas e uma bela mensagem. Um abraço.
Obrigado, Helio, pela sua sensível percepção!
Meu abraço. Bom dia!
Foste pela deusa Poesia agraciado! Aplausos!
Maria, fomos agraciados!!
Aceito com alegria e humildade os seus aplausos incentivadores.
"E ao final da travessia deste insólito deserto
Transformar minha vida num oceano de amor."
Destaco aqui estes versos, sem desdenhar os outros, claro.
Gosto de visitar sua página, Marcos Valério, sempre uma agradável leitura.
Boa semana, meu abraço
Um comentário feito por tão iluminada poetisa como és, Edla, sem dúvida lustra nossa alma e nos inspira a poetizar mais e mais...
Gratidão por se dispor a lê-lo.
Que prazer a leitura da sua poesia!
Riqueza poética em belíssimo texto.
Abraço
Hébron, fiquei sobejamente feliz pela impressão que tiveras do texto poético!
Se o poema agradou, posso ficar certo de que a sua construção não foi em vão.
Grande abraço e muita paz!
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