Abril

Bruno J. Carmo

Quando nosso mundo, 

Real se tornar, 

Metade do mundo 

Não poderá mais sonhar

 

De uma ponta a outra 

É difícil alcançar

Quantos estão cativos

Para não grassar

 

Como uma negra, 

Uma negra vizinha

Que há não muito tempo

Muitas almas levaria

 

Os 4 cantos 

Impetram indulgência

A um ser divino, 

Que já não tem tanta clemência

 

Aos descamisados

Que não tem onde deitar, 

Lhes faltará sustento quando isso, aqui chegar

 

Quando nosso mundo,

Real se tornar,

Que a outra metade

Continue a sonhar.

  • Autor: Bruno J. Carmo (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 6 de dezembro de 2020 10:17
  • Comentário do autor sobre o poema: Escrevi este poema no início da pandemia para dar um pouco de esperança aqueles que estavam a sofrer tanto.
  • Categoria: Reflexão
  • Visualizações: 32
  • Usuários favoritos deste poema: Helio Valim
Comentários +

Comentários2

  • Helio Valim

    Parabéns Bruno. Crítica intensa, poesia crítica, que esse mundo irreal e insano precisa entender, para "Que a outra metade Continue a sonhar". Transformando sonhos em mundo real. Um abraço.

  • Maria dorta

    Verdade crua poeta! Há sempre uma grande metade sem pão para se sustentar, enquanto a outra banda, como a se fartar!



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