Sei do que me chamam.
E de mim muito reclamam.
Pouco me importa
Tais adjetivações ,
Elucubrações
Apenas à minha pessoa ,
Que continua integra!
Não manchar-me ão
A imagem, o deblaterar
Em vão
De um palavreado
À toa!
Sou o que sou,
Porque sou,
Sem uma vírgula retirar,
Ou acrescer
Ao meu nome.
Basta a senda
Do meu
Trilhar
Politico proficiente,
Para se enterver
Que em mim,
Já nasceu
Pronto.
Sou desses
Que, se pudesse
Não me aventuraria;
Se me aventurasse,
Continuaria;
Se tudo desse errado,
Não lamentaria.
Afinal, por que tentei
Aventurarar-me leso e tonto,
Em louca empresa,
Sem ter a certeza
Que êxito obteria ?
O fiz, não me arrependo,
A procência tendo,
Que não se abre uma porta,
Em seguida,
A fecha,
Quando o destino
Toca a flauta!...
E esse flautista
Do portal do tempo
Disse-me :Vai! Não demora.
É sua hora!
Não deixei passar
O cavalo selado:
O "vice decorativo",
Se fez presidente !
Até sorriu
Aos buchichos,
Às perguntas mudas,
Ou nos vãos
Das portas gritadas:
Quais são
As obras por mim,
Edificadas ?
Que deixei, assim,
De legado
Como presidente?
A confluência
Do tempo dirá mansa ,
Alegre e contente,
Inserindo-me no ror
Dos grandes homens:
Que estadista
Teve o Brasil !
Direis vós, tolos e piegas,
Que grande ironia!
Vo-lo rebaterei:
Não se abre uma porta,
Em seguida,
A fecha!
Não se deixa passar
O cavalo selado!
- Autor: Poeta (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 6 de dezembro de 2020 10:17
- Categoria: Sociopolítico
- Visualizações: 21
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