Helio Valim

Tango na alcova

 

Envolvido em tuas brumas,

em teu apoio me satisfaço,

porque sei que me aprumas

e em teu colo encontro afago.

 

Paixão, pelo tempo, amornecida.

Em refinado amor transformada,

mas em nenhum momento substituída

por simples relação conformada.

 

Carinhos embalados no dia a dia

não revelam a intensa carícia,

reservada à milonga de maior picardia.

 

De fato, os sambas mais insinuantes

não entregam a pura malícia,

reservada à milonga mais ardente.

  • Autor: Helio Valim (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 5 de Dezembro de 2020 18:40
  • Comentário do autor sobre o poema: Nada como a malícia da milonga de um tango para avivar os segredos de alcova. Algo que os sambas mais insinuantes não conseguem. Desculpem-me os ufanistas.
  • Categoria: Não classificado
  • Visualizações: 13

Comentários4

  • Maria dorta

    Bom no Tango,na milonga e no poetar maduro e seguro.

    • Helio Valim

      Obrigado Maria Dorta. Seus comentários são sempre gratificantes. É muito bom poetar...Um grande abraço.

    • Hébron

      Helio, como sempre um primor.
      Belo soneto que agrada até o ufanista mais exagerado.
      Abraço

      • Helio Valim

        Obrigado Hébron. Como sempre muito gentil meu amigo. Um abraço. P.S. Obrigado por ler os comentários.

      • Ema Machado

        Belo soneto, repleto de melodia! Abraços

        • Helio Valim

          Ema. muito obrigado pelo seu comentário. Que bom que a melodia e o ritmo a conquistaram. Um abraço.

        • Ernane Bernardo

          Belo soneto poeta valim, se não houvesse a milonga o que seria do enredo. Bom dia forte abraço.

          • Helio Valim

            Caro Ernane, obrigado pelo comentário. Certamente, a milonga tempera o enredo. Um grande abraço.



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