No universo paralelo, a noite é seu teatro.
As avenidas, becos e ruelas, seu palco.
Humanos viventes com seus restos de esperança, suas vestes de dignidade comprometidas.
Mal fadados, mal falados, usados, abusados, violentados, arrastados.
Como coisas são vistos, sem diretos, destinados a cumprir os desejos de seus algozes.
Travestidos, vestidos, nus, com a alma sangrando.
Lindos, atraentes, carnavalizam a tristeza, enfeitam as sombrias vidas de quem os procura.
Universo paralelo, onde cuspidos são, transformados em atrações de um grande espetáculo.
Homens de bem, usam as sombras da noite, pagam por carinhos proibidos, pela companhia que não podem assumir, e em carros ou em quartos aleatórios, são embalados pelas travessuras dos donos da noite.
Encontros e desencontros,
Mutilações encarceradas,
Batidas do coração aceleradas,
Choro do dever cumprido,
As noites cessam, as luzes se recolhem, o dia nasce.
Despi-se das fantasias, recolhem as plumas.
Descansa o corpo, chora a alma.
- Autor: RONALDO RIBEIRO POETA (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 26 de novembro de 2020 08:24
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 8
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