Tédio

Isabela Fenix

Você já se sentiu, como sendo apenas um mero espectador de sua própria vida?


Bem, eu me sinto assim
Analisando, observando.
Apenas isso, sem interagir
Sem sentir. 
Se sentir...

Sinto é déjàvú, como se aquilo, eu já soubesse
Ah!; é por isso, que não gosto de sentir
Não gosto.

 

Déjàvú, tenho. 

Pequenos gatilhos.

 

Pois, quando sinto, é intenso e verdadeiro.
Eu sinto por inteiro.

 

Me sinto tão frustada
Tão...frustada.
Tudo tão previsível

Risível. 
A raça humana é, previsível. É risível! 

Sorrindo em puro deboche
Alto
Alto
Tudo tão previsível
É risível.

Pelo fato de ser, tudo tão igual
É entediante.
Tédio puro! 
E... Em profundo tédio, com tudo aqui.

Então, a vida, passa diante de meus olhos tão rápido... tão entediante.
Que nem me importo! 
Só anseio pelo dia
Ah, sim!; o dia de minha morte.

Minha partida 


Daqui, deste mundo de merda! 
Onde não é meu lugar
Meu lugar é ao céu

No céu


Lá no alto
Além das nuvens
Onde a ponte é, de ouro
Onde o sol sempre brilha
E onde não há miséria e nem fome

Eu só não quero mais passar fome... De sentimentos ou alimentos. 


Onde o rio é, ouro líquido.
Ah, lá é tudo tão lindo.
Tudo tão indescritível! 
Por isso, acho tudo aqui, tão risível e temporário.


Pelo que, já provei, do mais belo, aqui, não desejo, fixar, meu eterno repouso.

  • Autor: Fenix (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 16 de abril de 2020 00:24
  • Categoria: Não classificado
  • Visualizações: 29


Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.