Nasci já exercendo despedida
Do estágio do não ser vim a nascer,
Um 'adeus' se fez então; e pela vida
Haverá desenlace a acontecer.
E passo no meu tempo, e nessa ida
Abandono pra trás, co' o vir a ser,
Os amigos e amores na partida:
Da sina de, impotente, ir sem querer.
E passo... Indo me perco no desprezo
Do que fui, do que obtive e do que quero...
Milissegundos meus perco indefeso.
E digo adeus a tudo, nada espero...
Nem me resta o desejo de maldade
Pra vingar minha ida, com saudade.
- Autor: Maximiliano Skol (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 11 de novembro de 2020 01:43
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 21
Comentários1
Curto e objetivo. À vida em segundos. Ela sendo como ela é. Autêntica.
Mesmo assim vale a pena viver pois é um dom de Deus. Como voltariamos à Ele se não houvesse o derradeiro adeus? Mas esse é o adeus da acolhida.
Belo tema poeta Maximiliano. Abração
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