Colombinas, Pierrôs e Arlequins,
fantasias vestindo a realidade,
enuviando o coração da cidade
com um festival de amores,
um enxoval de luzes e cores...
Explosão de alegrias,
exaltação de emoções
de pessoas e intensões,
de mundos e rotinas,
na ilusão de novas vidas.
Com um sorriso brejeiro,
aproveita seu dia, a bela passista,
marcando seu passo guerreiro,
no compasso de um samba enredo,
puxado na voz rouca do jovem parceiro.
Abafados pelo murmúrio do surdo
ou pelo repenicar ligeiro
do tamborim folheiro.
gritos e sussurros reprimidos,
afloram em amores aguerridos.
Tamanha tensão e agonia
represando tanta loucura
que extravasa em extrema folia
nos quatro dias de carnaval
ou num carnaval de qualquer dia.
- Autor: Helio Valim (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 11 de novembro de 2020 01:19
- Comentário do autor sobre o poema: Desenho do caricaturista J. Calos. Livro: Carnaval J. Carlos.
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 12
Comentários3
Que belo.Parabéns.
Obrigado Victor. Um abraço.
Helio, nesse ótimo poema percebi um paradoxo entre tristeza e alegria, sendo o carnaval uma fuga do que se quer evitar, do que se quer viver, agonia fantasiada, ilusão que anestesia... ou entorpece...
Gostei, poeta!
Abraço
Obrigado Hébron. Essa foi a intensão... destacar o paradoxo! Seu comentário, como sempre, muito poético, técnico e sensível. Um abraço.
Texto, alegre, ligeiro, com cores e sons, bem Carnaval...de outrora. O poema é muito bom, parabéns.
Obrigado Cecilia. Carnavais de Colombinas, Pierrôs e Arlequins. A realidade vestindo a fantasia! Um grande abraço.
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