? - O homem:
Dirigia minhas vistas aos mundos da
Região anárquica a qual nomeei de casa
Até para as finitas vértices do vento.
Sentia aquelas almas, ligadas ao óbolo,
Numa canção no qual tua melodia
Nascia num sentido extraviado.
O santo véu de perdição e teus templos
Cárneos afundados no mais puro ódio
Solar.
Perguntava, da corte de Europa ao mais
Esquecidos abismos de vosso cosmo:
"Se há algum vigia, mandai tais réplicas
Que meu ser tornou-se tão fanático.
Qual há de ser meu destino senão as
Presas vorazes do oblívio?"
E caia, como a chuva, duas células
Distintas de mente e núcleo. Trazendo
A sabedoria que nasceu no ventre
Andrógeno do celeste.
?? - O anjo:
Ouço relatos do coração de um mundo
Morto. O chorar desde as ruínas, e até
Clamores da natureza.
Questionas o destino do universo -
O mar de aspecto sanguíneo que
Tem seu tom rubro refletido na mão
Dos maléficos.
Criara em seu ápice de temor uma vã
Cegueira ao caminho virtuoso.
Essas são as cinzas do Éden.
Carregue o fardo do questionar até o
Fim e veja no alcantil das estrelas -
O descanso o qual sempre há de ansiar.
? - O demônio:
Olhai a existência no império do Sol - as marchas infinitas grudadas na esperança. O reino de Lua em que os
Ventos convergem ao terror e silêncio
De morte.
Encontras na tua luxúria, como fênix,
Um ressurgir dos desejos - estes que
Rodeiam os pecados, rodeiam a tua
Fértil presença na vastidão vazia.
Matai Hórus para renascer em ruínas.
Apenas no caos tu há de saciar o
Indago.
- Autor: RafaNunes ( Offline)
- Publicado: 7 de novembro de 2020 13:06
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 9
- Usuários favoritos deste poema: Luiz Rossini
Comentários1
Do caos o mundo foi criado...
Hórus "o sol"também...
Bem intrusivo seu poema, Rafael!
Obrigado, fico feliz que tenha gostado! ^^
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