ALQUIMIA

Nelson de Medeiros




 

ALQUIMIA
 
Recluso, avisto o vale verdejante...
A sombra do arvoredo se contrasta
Com a lucerna do sol que se afasta;
A paisagem é condão deslumbrante...
 
Indago num relance, num instante,
Se a vida me foi justa ou foi madrasta,
Pois que a amargura o coração vergasta;
Encontro-me só, a angústia é constante...
 
Mas, a resposta minha!alma trespassa:
O destino que todo o rumo traça,
É só fruto daquilo que eu irrigo!
 
Descubro, então, que tenho companhia
Pois, fruto de minha própria alquimia,
Enorme solidão mora comigo!

 


 

  • Autor: Nelson de Medeiros (Offline Offline)
  • Publicado: 15 de abril de 2020 09:33
  • Comentário do autor sobre o poema: A solidão é amarga, mas ensina...
  • Categoria: Não classificado
  • Visualizações: 19


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