O garboso vento que entremeia o milharal,
doma as verdejantes folhas em um dobrar compassado;
descrita,como uma ensaiada coreografia de cunho magistral.
As espigas...,em um quase descalçar de chamada natureza,
mostram sua beleza, em douro ao Sol;
que ilumina suas ostentadas madeixas pardas,
de escovadas encomendas,ante uma visitada realeza.
Com toda certeza,pouco há, tal cravejado,
de berço assim;abençoado.
Então...,
por que choras,nobre espantalho?
Se ao seu redor,somente riquezas em seu valho.
Confiança dada em seu trabalho.
Serias...,a solidão?
Aquela ingrata e devassa manifestação?
Que nos oprime,como um verme sem idealização?
O seu olhar ao asfalto que entorta,
devido ao calor que o desfoca;
...tudo,é xantofila hoje.
Um poje desgrenhado,
...sem cuidado.
Talvez,o vir da chuva,
o anime um pouco;
com um cinza...,
sem todo este ourar ranzinza.
- Autor: santidarko ( Offline)
- Publicado: 5 de novembro de 2020 00:06
- Categoria: Gótico
- Visualizações: 13
Comentários4
A solidão por vezes é ingrata, devastafora e opressora. Gostei muito!!
Olá Priscila,resumiu...,direto e reto,com uma palavra.OBRIGADO por ler e comentar.
Solidão ,nos devasta...
Adorei, Santidarko!
Então...,
por que choras,nobre espantalho?
Abraços!
OBRIGADO, nobre Shimul!
Adoro a forma com que te expressas. Dá para sentirmo-nos frente a um palco! Sempre brilhante!
Obrigado Poetisa.Somente uma colega,reconhece algumas entrelinhas 🙂
Um drama shakespereano em forma de narrativa poética, mais uma obra de arte. Parabéns, amigo Poeta.
OBRIGADO Meno.Realmente, foi uma intenção de cunho Teatral
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