Quem dera teu amor tivesse um dia.
Por ele,coroa de rei recusaria
Estar nos braços teus queria...
Nem pela fortuna dos Reis trocaria.
Sem ti vivendo,sem oxigênio,falta ar puro.
Deixou- me dizendo ser mais seguro.
Melancolia passou a ser companhia.
O sol sumiu,nada me dava alegria.
Perto ou longe de ti,não nego.
no coracao és o Amor que renego.
Lembrar é recorrer à solidão então
para me apaziguar penso,dispenso
decido:nesse amor não há fusão
Coloco ponto final, adeus confusão!
Eis chegada a idade de esquecer
despojar-me do que me inculcaram
com cinzel fui bem esculpida, afinal
as preces,as regras,as crenças,o dever
deleto teorias que me ensinaram
Ser real,ser fiel sim,mas só a mim!
Existes porque te crio no pensamento.
Vou te liberando,já não há lamento.
Se te lembro,faço- o com encantamento.
Sou feliz porque o Amor é eterna companhia
dele não quero alforria.
Se choro,aceito pois seu efeito é me fazer ver melhor
e com alegria, boa energia.
Maria Dorta 05.11.2020
- Autor: Maria dorta (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 4 de novembro de 2020 22:03
- Comentário do autor sobre o poema: Brincando com letrinhas
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 17
Comentários6
Alforria e desapego... A felicidade não aceita amarras e o amor é essa liberdade que nos prende...
Abraço
Lindo: felicidade que nos prende! Amei!
Seus poemas são sempre boa energia.Bravo!
O amor, é até engraçado, nos da alegria, tristeza, riso, lágrimas, enfim é uma gama de sentimentos e de situações, que temos que curtir, e cultuar, dento de parâmetros, até imensuráveis, é algo complexo e ao mesmo tempo tão simples,, como diz o dito popular, rei morto, rei posto. Ou seja, uma nova vida, um novo amor, uma nova tentativa em busca da felicidade, dando sequencia ao ciclos da vida, sem medo, e buscando cultuar nosso maior bem , que é o AMOR.. sem ele nada tem valor. Grande abraço amiga.
O amor e suas dualidades. Bonito poema.
Abraços,
Maria Dorta.
O reencontro com nosso íntimo, o lamento saudoso, a felicidade do desapego.
Belo poema, poeta.
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