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As rodas pararam,elas não giram mais,o vento não sopra ...não as fazem girar.
Elas já não moem os ressentimentos... as amarguras... as indiferenças... os julgamentos.
E o vento, não mais leva as cinzas dos poemas queimados, que um dia as rodas trituraram,agora… migalhas de letras caem em meus pés.
Parece tão distante, engrenagens
enferrujadas gemem um choro triste, melancólico,em um movimento de pêndulo, marcando apenas um tempo que se foi.
Não há mais desafios, provocações foram deixadas para trás,o arco íris é ausência de cores,a voz não mais voltou a falar.
O jogo do amor não mais existe, apenas o silêncio, no lugar...a solidão, não há mais esperança, antes do tempo chegar...tudo foi consumado,o amor perdeu,o desprezo venceu.
Vida confusa... não entendeu,a força da razão em confronto com a emoção. Segurou as hélices e barrou os ventos,a razão venceu, não deixou o vento passar... e a roda parou.
- Autor: R.Capuano ( Offline)
- Publicado: 4 de novembro de 2020 21:09
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 11
Comentários4
Gostei poeta.
Lindo e verdadeiro, um pêndulo "marcando apenas um tempo que se foi"...coisa linda de ler e divagar em lembranças.
Abraços,
Poeta, R. Capuano.
Poesia confusa reconheco, as ideias desconexas vão surgindo e eu vou lançando no teclado como se fosse psicografado,acabo não entendendo... acho que são coisas da alma.
As palavras ditadas pela alma nos revelam o que tentamos ignorar. Profundo e tocante...Abçs
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