Adia- me a cada anoitecer
No anoitecer de cada dia
O grito em silêncio parido
Ecos que devastam o vazio
Da existência do agora
De tudo o que lamento
Da guerra do meu tormento
Desperto meu sentimento
Das vidas de toda aurora
Crepúsculo do desvario
O silêncio em grito parido
Adia- me a cada anoitecer
No anoitecer de cada dia
- Autor: Hébron (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 30 de outubro de 2020 13:06
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 35
Comentários6
Oi Hébron, poema enigmático! Me transmitiu a intensidade da expectativa do fim de mais um dia na existência de uma vida. Um abraço.
Obrigado, Helio!
Nas entrelinhas dos versos se escondem muitos significados.
Abraço, meu amigo
A meta- linguagem é um desafio mas ninguém contestara' a beleza dos dois primeiros versos. Chega a causar arrepio. Tiro- te o meu chapeu ( se o usasse!)
Muito obrigado, Maria dorta!
'Chega a causar arrepio', sua expressão me causa sensação de realização!
Fico feliz demais com seu comentário.
Abraço
O poema todo é muito bom.
Hébron, você se supera a cada texto.
Abraços, poeta!
Shimul, muitíssimo obrigado pelo cordial e elogioso comentário!
É um incentivo de valor inestimável.
Grande abraço
Hébron, ando também aos gritos, só que na pele, minha pele e minha alma estão vivas e não gritam caladas, elas se esparramam por todo meu corpo quebrando todo o meu silêncio e o meu gritos que outrora eram calados. abraços carinhosos meu amigo poeta.
deixo aqui uma poesia que escrevi recentemente e que em breve irei postar no meu espaço> GRITO CALADO
Um grito calado
Um amor sufocado
Num engasgar amordaçado
E lanço em mim um grito desumano
Um amor apertado
Um coração abortado
Um silêncio que grito
Uma língua que falo
Uma boca sedenta
Um lábio molhado
Um amor abandonado
Num desejo
Do teu corpo suado
Me viro do avesso com fome
Que não sacia
Que não sepulta
Num querer que não morre calado
Em palavras que se estilhaçam
Inflamam em meu pescoço
Um vaso quebrado
Uma carta de amor
Um poema guardado
Um verso falado
Não te guardo!
Rasuro e escrevo!
Me rasgo!
Entrego-te o meu peito dilacerado
Na pele e no grito
Que se recusa a morar em minha garganta
Que não posso morrer sem dizer tudo!
E na Poesia entrego:
Esse grito que não se faz mudo!
Vlad Paganini
Muito obrigado, Vlad, pelo comentário ao meu texto e pelo prestígio em merecer um poema tão rico e bonito aqui nesse meu singelo espaço.
Grande abraço, meu amigo poeta
Hébron, eu que agradeço o seu carinho meu querido. abraço forte amigo poeta.
Um brinde ao desejo incauto que muito me pega. Quando me vejo, e digo:
Pronto falei.
Então preciso me ordenar silenciar...
Refleti...
Obrigado, Lucita, pela visita e comentário sempre tão gentil!
Abraço
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