Chuva
Sinto cheiro da terra nua!
Exalar a fragrância da doce chuva!
Rega, drena, gera vida, ou derrama fúria sem alento.
És justa? és casta? és nua?
Sabes que me causas um sentimento.
Saudoso de um olhar, saudoso de um acalento.
Se vais chuva... tenho no fundo da mente um pensamento...
Voltarás para me tragar como fez, nesse mesmo momento!?
Chuva fina e lenta, gotejar que ressoa!
As vezes és densa as vezes és garoa.
São lágrimas de nuvens? Que em fúria relampejam seu tormento.
Tormento de saber que hoje está aliviado, mas amanhã virá denovo o mesmo sentimento!
Que sejas breve, que sejas fria, que sejas calma, que sejas minha!
Lenta chuva que rega e transborda minha ilha.
Que partilha a vida e que limpa de enxurrada minha alma!
Linda chuva, que rega meu amor e que me acalma.
- Autor: Hades (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 30 de outubro de 2020 09:49
- Comentário do autor sobre o poema: Pra mim a chuva retrata duas lindas palavras da língua portuguesa: saudade e nostalgia!
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 27
Comentários3
Belo,poeta. Bem lembrado! Mas a chuva traz também fartura e vida!
Essa ambiguidade da chuva é fascinante não acha?
Sim,acho. Ela é por isso,amada e as vezes detestada...mas é sempre símbolo de vida.,que do não é agora na dose e mata alguns afogados.
A poesia sempre com metáforas a expressar o viver. Felicitações e meu abraço
Obrigado Lilian!!
Lindo! Imaginar a chuva como fragrância, é de uma elegância. Isto é coisa de poeta bom, só pode!
Abraços, Carlos Hades
Obrigado amigo!!!
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