Religiosidade mítica

Helio Valim

 

Desde sempre, até o presente,

o homem tenta esclarecer,

sem, ao menos, entender

o medo que sente

por criaturas místicas

um tanto ontológicas.

 

Na ilusão de se proteger

cria templos e crenças.

Cultua mitos,

ricos em imaginação,

que apelam até para a razão.

Procura resposta de qualidade,

um elo, uma ligação...

entre o misticismo e a realidade.

 

Templos, ritos,

dogmas, cultos...

o homem tenta aplacar sua fome,

também espiritual,

com rezas, ioga

e meditação transcendental.

Quem manda é a moda!

 

Da água ao azeite,

Do incenso ao açafrão,

nada escapa ao deleite

de mitos, místicos de ocasião

que manipulam suas seitas,

como se fossem receitas

para a exaltação eficaz

de semideus incapaz!

  • Autor: Helio Valim (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 27 de outubro de 2020 00:25
  • Comentário do autor sobre o poema: Místicos mitos: Deuses amorais, deuses edulcorados, seres espaciais, mísseis teleguiados, tudo, qualquer coisa, vira mito.
  • Categoria: Não classificado
  • Visualizações: 18


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