Desde sempre, até o presente,
o homem tenta esclarecer,
sem, ao menos, entender
o medo que sente
por criaturas místicas
um tanto ontológicas.
Na ilusão de se proteger
cria templos e crenças.
Cultua mitos,
ricos em imaginação,
que apelam até para a razão.
Procura resposta de qualidade,
um elo, uma ligação...
entre o misticismo e a realidade.
Templos, ritos,
dogmas, cultos...
o homem tenta aplacar sua fome,
também espiritual,
com rezas, ioga
e meditação transcendental.
Quem manda é a moda!
Da água ao azeite,
Do incenso ao açafrão,
nada escapa ao deleite
de mitos, místicos de ocasião
que manipulam suas seitas,
como se fossem receitas
para a exaltação eficaz
de semideus incapaz!