AMO-TE
Amo-te com meu corpo ainda quente
Pulsação no sangue, sono agitado, presente e passado
Amo-te vento macio na minha pele
Peito ardente, mãos trêmulas, dor no peito, aguda, funda
Na beleza de um céu azul, saudade profunda!
Amo-te ainda quente do teu corpo bonito
Do teu cheiro capim de mato
Do teu sol no meu jardim
Do teu fogo que ardia sobre mim
Amo-te, simplesmente amo-te!
Numa infinita claridade
Na canção que em palavras
Que por entre meus lábios
Clama por tua primavera
Por todos os teus instantes
Ah quem me dera!
Ah quem me dera sim
Nessa longa espera
Te aguardar lá fora
No luar da noite
Em festa!
Entregar a tua luz na tua lua
E te oferecer minhas estrelas
Amo-te
E entrego a ti o meu poeta
Minha cama desnuda, descoberta
Meu cobertor que me aqueceu em tua boca
Meus lençóis e cada parte do meu corpo
Faminto de amor
Em teus olhos úmidos
Amor que alivia o calor da tua pele
Em orgasmos múltiplos
Amo-te em beijos sem promessas
Amo-te nesse amor que me agarra pelas pernas
Que me faz ficar sempre!
Que me deixa ser o que sou
No gozo infinito
No teu umedecer por entre minhas coxas
Amo-te numa entrega sem compromisso
Amo-te e entrego-me em teu corpo belo
Fortuitos de encontros matinais
Vadiagem em noites incorpóreas
Em madrugadas de doce orgia
Teu sexo penetrando em minha ventania
Amo-te dentro do teu sorriso
No teu encanto e no seu tempero
Na tristeza e na alegria
Na paz que o teu amor me trazia
Ah como amo-te...
Amo-te infinitamente...
Na lua que trago lá de fora pra dentro do teu peito
Nos desertos remanescentes árabes
Na noite que se vislumbra na Estrela-Guia
Amo-te...
Nessa noite, nesse dia
Sempre!
Amo-te nesse amor que ousa ser amado!
Amo-te!
Amo-te nesse meu são e louco amor
Nesse fato consumado
Na alma do teu retrato falado
Amo-te nesse teu olhar manso
Numa paixão devassa
Na visão que transfigura o meu rosto
Amo-te em respiração ofegante...
Amo-te...
Interiorizo-me...
Em toda água que me ocupa!
E me entrego a esse amor que nunca passa!
Amo-te!
Vlad Paganini
- Autor: Vlad Paganini (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 23 de outubro de 2020 16:19
- Categoria: Amor
- Visualizações: 22
Comentários2
Amo ler poemas onde o poeta trata do amor como algo tão infinitamente puro, e por isso não vulgariza em nada o contexto do amor como um todo.
Parabéns por ser um desses poetas...
boa noite!
bom fim de semana!
Lucita fiquei emocionado ao ler seu post, vejo sim o amor dessa forma, puro e sem vulgaridade, onde o sexo só é feito se for por amor. gratidão e bom final de semana pra vc também.
Intensamente lindo! Parabéns!
Mari muito grato, gratidão sempre e com amor sempre! abraços.
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