AMO-TE

Vlad Paganini



AMO-TE

 

Amo-te com meu corpo ainda quente

Pulsação no sangue, sono agitado, presente e passado

Amo-te vento macio na minha pele

Peito ardente, mãos trêmulas, dor no peito, aguda, funda

Na beleza de um céu azul, saudade profunda!

 

Amo-te ainda quente do teu corpo bonito

Do teu cheiro capim de mato

Do teu sol no meu jardim

Do teu fogo que ardia sobre mim

 

Amo-te, simplesmente amo-te!

Numa infinita claridade

Na canção que em palavras

Que por entre meus lábios

Clama por tua primavera

Por todos os teus instantes

Ah quem me dera!

 

Ah quem me dera sim

Nessa longa espera

Te aguardar lá fora

No luar da noite

Em festa!

Entregar a tua luz na tua lua

E te oferecer minhas estrelas

 

Amo-te

E entrego a ti o meu poeta

Minha cama desnuda, descoberta

Meu cobertor que me aqueceu em tua boca

Meus lençóis e cada parte do meu corpo

Faminto de amor

Em teus olhos úmidos

Amor que alivia o calor da tua pele

Em orgasmos múltiplos

 

Amo-te em beijos sem promessas

Amo-te nesse amor que me agarra pelas pernas

Que me faz ficar sempre!

Que me deixa ser o que sou

No gozo infinito

No teu umedecer por entre minhas coxas

 

Amo-te numa entrega sem compromisso

Amo-te e entrego-me em teu corpo belo

Fortuitos de encontros matinais

Vadiagem em noites incorpóreas

Em madrugadas de doce orgia

Teu sexo penetrando em minha ventania

Amo-te dentro do teu sorriso

No teu encanto e no seu tempero

Na tristeza e na alegria

Na paz que o teu amor me trazia

 

Ah como amo-te...

Amo-te infinitamente...

Na lua que trago lá de fora pra dentro do teu peito

Nos desertos remanescentes árabes

Na noite que se vislumbra na Estrela-Guia

 

Amo-te...

Nessa noite, nesse dia

Sempre!

Amo-te nesse amor que ousa ser amado!

Amo-te!

 

Amo-te nesse meu são e louco amor

Nesse fato consumado

Na alma do teu retrato falado

 

Amo-te nesse teu olhar manso

Numa paixão devassa

Na visão que transfigura o meu rosto

 

Amo-te em respiração ofegante...

Amo-te...

Interiorizo-me...

Em toda água que me ocupa!

E me entrego a esse amor que nunca passa!

Amo-te!

Vlad Paganini

  • Autor: Vlad Paganini (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 23 de outubro de 2020 16:19
  • Categoria: Amor
  • Visualizações: 22
Comentários +

Comentários2

  • lucita

    Amo ler poemas onde o poeta trata do amor como algo tão infinitamente puro, e por isso não vulgariza em nada o contexto do amor como um todo.
    Parabéns por ser um desses poetas...
    boa noite!
    bom fim de semana!

    • Vlad Paganini

      Lucita fiquei emocionado ao ler seu post, vejo sim o amor dessa forma, puro e sem vulgaridade, onde o sexo só é feito se for por amor. gratidão e bom final de semana pra vc também.

    • Ema Machado

      Intensamente lindo! Parabéns!

      • Vlad Paganini

        Mari muito grato, gratidão sempre e com amor sempre! abraços.



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