Há pouco pude ter certeza de que caminhava por veredas minhas
Campos calmos e vislumbres de paisagens.
Num repente descobri que meu chão não era aquele.
Restou a morte e a aceitação da espera.
Sou fruto que apodrece e racha dando passagem ao novo.
Novo que assusta, margeia e estremesse
novo que demora a decantar.
O que fazer com os ouvidos que escutam o nada?
E com a palavra que não sei ainda usar?
Um ponto se une e dois se desatam
alguns nunca mesmo se encontrarão.
Sou resto de tentativas vivas
sou mulher do sertão.
- Autor: CLÁUDIA XAVIER ( Offline)
- Publicado: 19 de outubro de 2020 18:54
- Comentário do autor sobre o poema: processo de descobertas subjetivas onde precisei fazer algo, construir algo e trabalhar com algo que fizesse parte de minha essência...algo que combinasse com quem eu estava me tornando e o processo de deixar uma profissão e um modo de vida que não mais fazia sentido para mim e a caminhada para o novo me assustou. andei por caminhos novos, lugares novos e meu chão era novo, mas depois do começo da caminhada vi que o mais importante para o homem era ele saber o que quer fazer com sua energia de vida.....porque tudo foi nutrindo minha alma e me enchendo de força para que eu me tornasse a psicanalista que sou hoje e a escritora que pretendo ser.....
- Categoria: Reflexão
- Visualizações: 19
- Usuários favoritos deste poema: Luiz Rossini
Comentários3
Interessante e belo poema!
Gostei muito do estilo.
Interessante também seu comentário.
Seja bem-vinda, poetisa
Abraço
olá colega,
obrigada pelo comentário....pena q faltou uma palavra no excerto "sou fruto que apodrece e racha dando PASSAGEM ao novo"
prazer falar com vc......vamos nos encontrar muito por aqui, espero...kkkkk
abraço agradecido
cx
Poetisa, vc pode editar e acrescentar a palavra que falta.
Abraço
olá amigo,
urul !!!! já editei. obrigada pela dica....
sempre por aqui
abraço
Que suas veredas continuem a nos brindar com lindas poesias... Um lindo dia.
Caro Valdeci,
obrigada por compartilhar comigo sua opinião....vou ler seus escritos e vamos nos falando.
abraço
Cláudia Xavier
Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.