O sonho, a ilusão
O triste olhar de uma criança.
Lágrimas inundam o chão
perdidas na doce lembrança.
O cheiro de groselha.
Os insetos causando encanto e espanto.
Um armário com apenas uma camisa velha
e uma boneca largada no canto.
As palavras do professor
que enchiam aqueles olhinhos de cansaço.
Ao chegar em casa a série do herói protetor
que por acaso era feito de aço.
A corrida pela sobremesa,
que sempre era segredo da vovó.
Que me colocava à mesa
e fazia não me sentir mais tão só.
Não quero viver nessa vida injusta e estranha.
Quero voltar à fase do sonho e da ilusão.
Porque mais vale a lágrima de manha
que a de decepção.
- Autor: Nathalia ( Offline)
- Publicado: 18 de outubro de 2020 11:47
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 23
- Usuários favoritos deste poema: Luiz Rossini
Comentários1
Nathalia, me vi nessa poesia.
Ainda sinto um gostinho, desse tempo tão feliz.
Obrigada, fiz belo passeio no jardins da minha tenra infância.
Abraços, a poeta.
De nada e obrigada! Que bom saber! Nesse mundo onde há tanto mal, que possamos sempre espalhar coisas boas!
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