O dia choveu o verão,
O sol mesmo, atrás da noite.
O tempo, parado,
não quis sair do lugar.
Foi noite dia inteiro.
Noite era asas de borboletas,
chovendo na frente da luz.
Passarim que cantou,
foi de madrugada.
O latido mordia o cão,
solto na prisão.
Tempo me olhou,
passou e nem me viu.
Eu olhei para o lado,
e não te vi.
Aí, vi que o só,
estava comigo.
O pensar então existiu,
Pensou que vivi.
- Autor: Avelino ( Offline)
- Publicado: 17 de outubro de 2020 14:51
- Categoria: Reflexão
- Visualizações: 17
Comentários3
Gostei muito do que compartilhaste, poeta.
Profundos versos...
Inusitadas figuras de linguagem revelam a criatividade do poeta. Bom!
Belíssima poesia!
O uso inusitado das palavras, os paradoxos, fizeram do poema um enigma que prende, encanta e traz reflexões sem os limites do possível...
Muito bom, amigo poeta!
Abraço
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