O dia choveu o verão,
O sol mesmo, atrás da noite.
O tempo, parado,
não quis sair do lugar.
Foi noite dia inteiro.
Noite era asas de borboletas,
chovendo na frente da luz.
Passarim que cantou,
foi de madrugada.
O latido mordia o cão,
solto na prisão.
Tempo me olhou,
passou e nem me viu.
Eu olhei para o lado,
e não te vi.
Aí, vi que o só,
estava comigo.
O pensar então existiu,
Pensou que vivi.