o passado,
esse véu sempre arrastado
de memórias e caixões,
histórias de paixões
de um Eu já desbotado.
ao adormecer entardecemos
e o gosto dos sonhos que tivemos
diz sobre uma saudade desabitada
lugar das certezas convertidas
das escolhas encolhidas
de uma luz morna e alaranjada
o passado,
cômodos confusos
de casas abandonadas
onde já estivémos quando ainda não estávamos
árdua tarefa de se desamarrar...
- Autor: Marcus Prado ( Offline)
- Publicado: 14 de outubro de 2020 15:22
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 37
- Usuários favoritos deste poema: lucita
Comentários2
Palavras profundas.
Tocou me poeta!
Ah, o passado e seus porões, ou cómodos abandonados, e em cada um, com seu respectivo fantasma habita
Belo texto, poeta, Marcus Prado.
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