Quantas estórias já ouvi sem querer ?
Tantas vezes eu sorri querendo chorar
É, não sou um bom ator, devo saber
As vezes que quero não consigo me alegrar
Porque minhas lágrimas não se contém ?
Não precisam correr sempre, a toda hora
Bastaria para mim que meu mundo fosse sem
elas, que nem avisam quando vão embora
Lágrimas, às vezes parecem ser o suor da alma
Nascidas do cansaço que o homem em vão sente
Mas que brotam na fertilidade do coração
Não tenho culpa se meu peito não se acalma
Mesmo com as tristes estórias ele não aprende
que os sentimentos choram na fragilidade da razão
- Autor: Divaldo Ferreira Souto Filho ( Offline)
- Publicado: 14 de outubro de 2020 12:34
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 26
Comentários1
Que bom que são estórias.
Se fosse histórias eu iria chorar também.
Gostei do seu poema!
Apesar da minha caminhada como leitor assíduo, e mesmo o sendo também de estórias nas quais os corações das personagens geralmente sangravam, infelizmente (quiçá, felizmente) o meu sangrou também, de forma que as estórias literárias, em que pesem suas essências de transmissão de conhecimento, não impedem nossas histórias reais, restando a estas, num círculo virtuoso (talvez, vicioso), servirem de inspiração àquelas, na mente e expressividade do poeta.
Hoje, com as solas mais desgastadas nessa caminhada, penso que mesmo as histórias de familiares, amigos ou de outrem também não estancaria. Que bom que compreendeu minha preferência linguística, que nem é licença poética. Opto pela estória com “e” por entender que, neste círculo, ao passar da realidade à ficção, qualquer narrativa não consegue descrever os fatos com honestidade ímpar, tal como ocorreram. Com isso, devemos distinguir a estória fictícia da história real.
Nossa Língua é mesmo engraçada, tendo várias situações desnecessárias com regras demasiadas, ao passo que, na contramão, às situações necessárias (como esta, a meu ver), simplesmente caem em desuso nas linguagens coloquial e culta.
Você, poetisa, entendeu. Grato pelo comentário e grande abraço.
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