Divaldo Ferreira Souto Filho

Frágil

Quantas estórias já ouvi sem querer ?

Tantas vezes eu sorri querendo chorar

É, não sou um bom ator, devo saber

As vezes que quero não consigo me alegrar

 

Porque minhas lágrimas não se contém ?

Não precisam correr sempre, a toda hora

Bastaria para mim que meu mundo fosse sem

elas, que nem avisam quando vão embora

 

Lágrimas, às vezes parecem ser o suor da alma

Nascidas do cansaço que o homem em vão sente

Mas que brotam na fertilidade do coração

 

Não tenho culpa se meu peito não se acalma

Mesmo com as tristes estórias ele não aprende

que os sentimentos choram na fragilidade da razão