O ATO NOCIVO É VIL, SUBALTERNA  

Marcelo Veloso

 

O peso da ojeriza resvala

e joga no colo do insensato

o desprezo pelo desvalido

forçando, insolentemente,

uma conduta de malversação

que redunda numa turba de párias.

 

Nesse contexto hostil e perverso

em que fecunda o imponderável

verbaliza-se, arrogante, o desqualificar,

numa nociva ação predadora,

enterrando sonhos e esperanças,

violentando pensamentos e palavras

numa repressão selvagem, repugnante,

maquiada de controle ético.

 

E tudo se resume num grito,

num choro e numa revolta

que daqui a pouco cessa,

perde-se no tempo

e o vadiar segue profano.

 

Não dá pra engolir seco

é preciso lavar a alma!

O ato vil, sucumbe o sossego,

num gesto claro de dependência servil.

  • Autor: Marcelo Veloso (Offline Offline)
  • Publicado: 7 de outubro de 2020 17:02
  • Categoria: Não classificado
  • Visualizações: 14
Comentários +

Comentários1

  • JUCKLIN CELESTINO FILHO

    Mais um belo trabalho poético!Um poeta, um dos melhores, cujos versos transbordam vigor, em forma de protesto!

    • Marcelo Veloso

      Jucklin, recebo o comentário com prazimento e entusiasmo. Obrigado.



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