Marcelo Veloso

O ATO NOCIVO É VIL, SUBALTERNA  

 

O peso da ojeriza resvala

e joga no colo do insensato

o desprezo pelo desvalido

forçando, insolentemente,

uma conduta de malversação

que redunda numa turba de párias.

 

Nesse contexto hostil e perverso

em que fecunda o imponderável

verbaliza-se, arrogante, o desqualificar,

numa nociva ação predadora,

enterrando sonhos e esperanças,

violentando pensamentos e palavras

numa repressão selvagem, repugnante,

maquiada de controle ético.

 

E tudo se resume num grito,

num choro e numa revolta

que daqui a pouco cessa,

perde-se no tempo

e o vadiar segue profano.

 

Não dá pra engolir seco

é preciso lavar a alma!

O ato vil, sucumbe o sossego,

num gesto claro de dependência servil.