O peso da ojeriza resvala
e joga no colo do insensato
o desprezo pelo desvalido
forçando, insolentemente,
uma conduta de malversação
que redunda numa turba de párias.
Nesse contexto hostil e perverso
em que fecunda o imponderável
verbaliza-se, arrogante, o desqualificar,
numa nociva ação predadora,
enterrando sonhos e esperanças,
violentando pensamentos e palavras
numa repressão selvagem, repugnante,
maquiada de controle ético.
E tudo se resume num grito,
num choro e numa revolta
que daqui a pouco cessa,
perde-se no tempo
e o vadiar segue profano.
Não dá pra engolir seco
é preciso lavar a alma!
O ato vil, sucumbe o sossego,
num gesto claro de dependência servil.