Naquele reino ao Sul da América,
Terra das Palmeiras,
Reinado aos desvalidos da Lei inalcançável,
Severo Das Quantas Impagável ,
Dialoga, num diálogo intrigante
Com Dona Justa Justina:
- Senhora, não alucina!
Sem demora, vai! Prepara o retalho,
Assenta o cravo no malho,
Apanha a carta que restou do baralho.
Que deu errado,
Neste intrincado rescaldo?
O réu não podia ser inocentado!
- A Justiça, Severo Das Quantas Impagável,
Presumo, não é mesquinha e miserável,
Não labora por nenhum tesouro,
Não almeja ganhar 30 moedas de ouro!
- Caro Das Quantas, de sorte,
Que fazer justiça , é não ferir a Justiça de morte!
Thêmis, severa, salieta: A Justiça
Tarda.Mas não falha!
Corta preciso e contundente pelo fio da navalha!
De maneira cruel e pungente,
Deixa cicatrizes profundas na carne.
Prova que quem condenou um inocente,
É desonesto e covarde!
Reitera a deusa: A Justiça tarda. Mas não falha!
Não se presta a tácito tratado -
Condenar, ou inocentar qualquer que seja o réu,
Se não estiver estabelecido em lei, tal preceito,
Porque da Justiça, é dever, garantir do acusado,
Plena defesa, sendo da balança - o fiel,
Sustentáculo da Justiça que equilibra o Direito.
A Justiça é punhal! É afiada lâmina da navalha,
Corta implacável, profundo na carne,
De maneira cirúrgica e inclemente,
Ao desonesto e covarde,
Que condenou sem provas um inocente!
- Autor: Poeta (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 3 de outubro de 2020 10:40
- Categoria: Fábula
- Visualizações: 40
Comentários1
Classifiquei o poema como fábula. De certo, é fantasioso, querer que a Justiça seja justa, se não for estritamente aplicável ao que precipua a Lei no estabelecimento das provas e, da isenção do magistrado.
Quem gostaria de ser julgado por um juiz parcial, que julga , e que também, se presta, a órgão acusador?
A verdade é que há tantas injustiças perpetradas por quem deveria se ater à
questão jurídica - se é ou não inocente o réu , conforme diga o auto processual...!
Muitas vezes a Justiça é prestada, sim , para propósitos políticos; projetos equidistantes da finalidade juridico -processual, ou ainda, outros fins, de cunho a amealhar numerários e mais numerários.
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