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JUCKLIN CELESTINO FILHO

A JUSTIÇA TARDA.MAS NÃO FALHA

              Naquele reino ao Sul da América,

             Terra das Palmeiras,

Reinado aos desvalidos da Lei inalcançável,

Severo  Das Quantas Impagável ,

Dialoga, num  diálogo intrigante 

Com Dona Justa Justina:

- Senhora, não alucina!

 Sem demora, vai! Prepara o retalho,

Assenta o cravo no malho,

Apanha a carta que restou do baralho. 

 Que deu errado,

Neste intrincado rescaldo?

O  réu não podia ser inocentado!

 

- A Justiça, Severo Das Quantas Impagável,

Presumo, não é  mesquinha e miserável,

Não labora por nenhum  tesouro,

Não almeja ganhar 30 moedas de ouro!

- Caro Das Quantas, de sorte,

Que fazer justiça , é não ferir a Justiça de morte!

Thêmis, severa, salieta: A Justiça

Tarda.Mas não falha!

Corta preciso e contundente  pelo fio da navalha!

De maneira cruel e pungente,

Deixa cicatrizes profundas na carne. 

Prova que quem condenou um inocente,

É desonesto e covarde!

 

Reitera  a deusa: A Justiça tarda. Mas não falha!

Não se presta a tácito tratado -

Condenar, ou inocentar qualquer que seja o réu,

Se não estiver estabelecido em lei, tal preceito,

Porque da Justiça, é  dever, garantir  do acusado,

Plena defesa, sendo da balança - o fiel,

Sustentáculo da Justiça que equilibra o Direito.

A Justiça é   punhal! É  afiada lâmina da navalha,

Corta implacável, profundo na carne,

De maneira  cirúrgica e inclemente,

Ao desonesto e covarde,

Que condenou sem provas um inocente!