Naquele reino ao Sul da América,
Terra das Palmeiras,
Reinado aos desvalidos da Lei inalcançável,
Severo Das Quantas Impagável ,
Dialoga, num diálogo intrigante
Com Dona Justa Justina:
- Senhora, não alucina!
Sem demora, vai! Prepara o retalho,
Assenta o cravo no malho,
Apanha a carta que restou do baralho.
Que deu errado,
Neste intrincado rescaldo?
O réu não podia ser inocentado!
- A Justiça, Severo Das Quantas Impagável,
Presumo, não é mesquinha e miserável,
Não labora por nenhum tesouro,
Não almeja ganhar 30 moedas de ouro!
- Caro Das Quantas, de sorte,
Que fazer justiça , é não ferir a Justiça de morte!
Thêmis, severa, salieta: A Justiça
Tarda.Mas não falha!
Corta preciso e contundente pelo fio da navalha!
De maneira cruel e pungente,
Deixa cicatrizes profundas na carne.
Prova que quem condenou um inocente,
É desonesto e covarde!
Reitera a deusa: A Justiça tarda. Mas não falha!
Não se presta a tácito tratado -
Condenar, ou inocentar qualquer que seja o réu,
Se não estiver estabelecido em lei, tal preceito,
Porque da Justiça, é dever, garantir do acusado,
Plena defesa, sendo da balança - o fiel,
Sustentáculo da Justiça que equilibra o Direito.
A Justiça é punhal! É afiada lâmina da navalha,
Corta implacável, profundo na carne,
De maneira cirúrgica e inclemente,
Ao desonesto e covarde,
Que condenou sem provas um inocente!