saudades de quando era criança e me sentava no empilhado de cadeiras, aqueles que ficam em um cantinho qualquer.
era uma grande conquista para mim, me sentia como uma rainha mesmo sem conseguir colocar os pés ao chão
quando cresci percebi que aquilo era apenas um empilhado de cadeiras, que se agora sentasse encostaria meus pés ao chão, perdendo toda a graça de balança-los, que agora não me sentirei mais como uma rainha...
com meu crescimento percebi o quão escassa ficou minha imaginação, hoje penso em preocupações futuras de assumir uma vida adulta, de encontrar um emprego, entrar em uma universidade e se talvez por um acaso encontrar alguém.
me perdi na imaginação criada pelo meu anseio ao futuro, esquecendo de viajar um pouco por universos vastos sem preocupações, esquecendo de imaginar coisas que alimentam a alma
queria poder novamente me sentar em um empilhado encostando meus pés ao chãoe quem sabe encontrar parte de mim que se foi.
- Autor: eleanor ( Offline)
- Publicado: 3 de outubro de 2020 08:09
- Comentário do autor sobre o poema: a todos que crescem e, assim como eu, esquecem de imaginar
- Categoria: Conto
- Visualizações: 9
Comentários1
Pois é isto mesmo, o tempo nos traz uma realidade. incompatível, com nossas lembranças, e nos sobrecarrega, com obrigações e deveres variados, aonde fica difícil ressuscitar nossos sonho de criança, felizmente temos esta pequena brecha que é a poesia, aonde podemos viajar nas asas da imaginação e libertar estes sonhos que são reais, do passado para o presente, e nos deliciar com o que criamos agora, que são sonhos para quem ler. Lindo poema o seu, me fez viajar. Espero que me visite para ler meus simples poeminhas..Abç,
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