Me perdoem por toda esta "bagunça"... Eu só queria passar.
Eu não fui feito pra Destruir... Eu só queria passar.
Já fui Esperança para os Navegantes...
Rede cheia para Pescadores...
Refresco para os banhistas em dias de intenso calor.
Hoje sou sinônimo de Medo e Dor...
Mas, eu só queria passar...
Me perdoem por suas casas
Por seus móveis e imóveis
Por seus animais
Por suas plantações... Eu só queria passar.
Não sou seu inimigo
Não sou um vilão
Não nasci pra destruição...
Eu só queria passar.
Era o meu curso natural
Só estava seguindo meu destino
Mas, me violentaram,
Sufocaram minhas nascentes
Desmataram meu leito... Quando eu só queria passar.
Encontrei tanta coisa estranha pelo caminho... Que me fizeram Transbordar...
Muros
Casas
Entulhos
Garrafas
Lixo
Pontes
Pedras
Paus...
Tentei desviar ... Porque eu só queria passar.
Me perdoem por inundar sua história,
Me perdoem por manchar esta história...
Eu só estava passando...
Seguindo o meu trajeto
Cumprindo o meu destino:
Passar....
Scheilla Lobato
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Autor:
Scheilla Lobato (
Offline) - Publicado: 10 de abril de 2020 02:19
- Comentário do autor sobre o poema: Este poema foi uma inspiração devido as enchentes ocorridas no Espirito Santo, entre as cidades a minha, e também outros Estados, nos meses de Janeiro e Fevereiro de 2020. Meu coração ficou aflito em meio a tantas tragédias, porém, senti o clamor da Natureza, implorando para que o Homem entenda a necessidade da Preservação deste Patrimônio Natural que o Criador nos deu... O Rio só estava seguindo o seu curso Natural... Foi desastroso, mas, consequência do mal que nós mesmo causamos.
- Categoria: Natureza
- Visualizações: 18
Offline)
Comentários3
Perfeito!
Grata...
Pois é, poeta, esse é o nosso Itapemirim.
1 ab
lindo poema,quem invadiu o espaço do rio foi o homem, e agora etá pagando o peço, o homem pode mudar o curso do rio ,mas ele sempre volta a passar.
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