JUCKLIN CELESTINO FILHO

TURBULÊNCIA

Quis " navegar,

Por mares 

Nunca dantes navegados, "

Fechou-me a as portas 

Dos oceanos -- Jeová.

"Como navegar

Era preciso", segui,

Em longas braçadas ,

E no meu estuário,

Sofri

A influência 

De turbulentas marés 

Que me afastaram do 

Desembocadoro;

Tentei,  então transpor 

As barras do tempo, navegando

Pelo rio intermitente, da colina 

Azul do firmamento,

Embalde o fiz, não havia mais rio

No vértice do tempo,

Só o vazio

A me desesperar;

Me propus, porém, escalar,

Íngremes montanhas,

Bosques, prados

E campinas verdejantes,

Esbarrou na inconsistência 

Do meu olhar,

E a fonte cristalina,

De águas límpidas, transparentes,

Turvou-se ante mim, ao tomar

As dores infligentes

Do mundo,

E o mundo

As dores não  me tomar,

Em confluência 

De dias de tamanhas

Turbulências no calendário 

Da humana existência !

 

 

 

 

  • Autor: Poeta (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 27 de Setembro de 2020 10:22
  • Categoria: Surrealista
  • Visualizações: 39

Comentários1

  • yatosama_sz

    que lindooo ><



Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.